quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Todos à gamela

Uma vergonha, o que se está a passar com o BCP e CGD. Parecem porcos em volta da gamela. Ou melhor: não parecem, são mesmo porcos.

domingo, 23 de dezembro de 2007

O triunfo dos porcos

“São perigosos estes tempos em que a sociedade está dominada por normalizadores totalitários”. - Francisco J. Marques (JN de hoje)


Dou-vos um exemplo do que é o politicamente correcto: neste post, o bloguista defende a adopção de crianças por duplas de gays em nome da “diversidade”; nestoutro, publicado no mesmo dia, o bloguista defende a “justiça” da proibição do tabaco em todos os restaurantes, sem excepção, em nome da “igualdade” para todos. Num caso, a “diversidade é imprescindível”; noutro, já não faz falta. No primeiro caso, a defesa fundamentalista da “igualdade na diversidade”; no segundo caso, a aberração totalitária que coarcta a liberdade aos cidadãos de decidir o que fazer na sua vida privada (os restaurantes também são propriedade privada). Esta gente é perigosa porque não pensa, e quem não pensa só se prejudica a si e aos outros.

O tabaco faz mal à saúde? Faz sim senhor. Mas levar no cu também faz mal e não vejo quem se queixe por aí das hemorróidas, ou quem dê conselhos contrários ao politicamente correcto. A lógica é esta: se levas no cu “à la gardaire”, o problema é teu e ninguém tem nada a ver com o assunto (mesmo que propagues a SIDA), e até convém à causa da “blasfémia religiosa”; se fumas, o assunto é diferente, porque a distribuição do tabaco é dominada pelas multinacionais. Levar no cu dá saúde e faz crescer; já fumar faz mal. Ainda hei-de ver um certo actor apanascado, que faz propaganda anti-tabágica em outdoors, a dar o badagaio por causa da SIDA – e se bem calhar, o Socas vai por arrasto…

A lei portuguesa é ainda mais fundamentalista que a espanhola. Em Espanha, cabe ao proprietário de um estabelecimento comercial definir se na sua casa se fuma ou não. Se não és fumador, há um restaurante ao lado para não-fumadores, e não tens que impor o teu fundamentalismo taliban a ninguém.

Em Portugal, este governo politicamente correcto impõe ao cidadão o que ele deve ou não fazer na sua vida privada – excepto a possibilidade de levar no cu sem limitações; para os paneleiros, este governo não decreta restrições.

Esta lei seria justa e igual para todos se desse a liberdade aos donos dos estabelecimentos de decidir o que se passa em suas casas. Um restaurante de não-fumadores colocaria o respectivo dístico à entrada, e o mesmo aconteceria com os restaurantes para fumadores – como acontece em Espanha. O que não é aceitável é que a “igualdade” seja só para uma parte da população.

Estamos em pleno totalitarismo, e esses senhores da política correcta terão a resposta a seu tempo. É preciso ter paciência e esperar. José Sócrates não vai estar no poleiro toda a vida, e não vai sair incólume de tudo o que de negativo fez neste país, em matéria de liberdades e garantias de cidadania. O que é preciso é memória de elefante.

O jornalista Francisco J. Marques publica no “Jornal de Notícias” de hoje um artigo de fundo com o título “O triunfo dos taliban”, em que escreve:

O Sr. António trabalha nas minas de Aljustrel há 35 anos, tem os pulmões afectados pela silicose, fruto dos turnos de oito horas que faz há uma vida, única forma que o país lhe proporcionou de assegurar a própria subsistência e dos seus. O legislador, esse ser sem rosto e com cérebro de taliban, nunca se preocupou com a saúde do Sr. António e de todos os seus companheiros de trabalho. Mas eis que o legislador taliban surge impante a dizer que o menino Pedrinho, que serve copos no bar da moda, não pode trabalhar em turnos superiores a duas horas e meia, porque os meus/nossos cigarros lhe destroem a saúde. Ganhem juízo e vergonha. Antes de terem a lata, porque é disso que se trata, de escreverem leis assim, protejam os mineiros, os metalúrgicos e trabalhadores da industria química e todos os outros que inalam substâncias muito mais perigosas do que o fumo dos cigarros. Ponham-nos em turnos de duas horas e meia, já!


Eu diria mais: puta que os pariu e mais o fundamentalismo correcto! Não passa pela cabeça de ninguém, senão dos filhos-da-puta que estão no governo, que um presidiário não possa fumar na prisão mas possa injectar-se com heroína e com apoio financeiro do Estado. Puta que os pariu! A nossa paciência tem limites!

Desde já, os restaurantes sem licença para fumar não levam o meu dinheiro, posso garantir com certeza. Para fundamentalistas, fundamentalista e meio: antes quebrar que torcer. E se todos fizerem como eu, o Director-Geral de Saúde vai-se demitir e a lei será revista e adaptada à lei espanhola, para gáudio de todos nós, sem excepção. O Sr. George provavelmente não fuma, mas as suas marcas no rosto e o seu faladrar arrastado denotam as bebedeiras que apanha todos os dias. E a gente que ature as bebedeiras endémicas do Sr. George e a cambada de paneleiros que está no governo.

Tens uma mão inchada?

Mete uma enchada na mão.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Casamento? Para quê?

Existe uma lei 7/2001 que regula as Uniões-de-facto em Portugal. A lei está incompleta e precisa de ser reformada? Em que sentido?

O que querem mais?

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

De acordo

Portugal sempre foi um Estado contrário à paneleirice. Nas Ordenações Afonsinas, no Título XVII , sob o título "Dos que cometem pecado de Sodomia" foi posto em letra de lei a seguinte:
"E porque segundo a qualidade do pecado, assim deve gravemente ser punido: por isso mandamos, e pomos em Lei Geral, que todo o homem, que tal pecado fizer, por qualquer forma que seja, seja queimado, e feito por fogo em pó, de forma que por tal meio nunca do seu corpo e sepultura possa ser havida memória.".

-- In José Maria Martins



Devo dizer que estou de acordo com o insigne causídico. Já imaginaram algo mais degradante, sob o ponto de vista da dignidade, que um tipo se apanascar? Valha-nos Deus! Não é que me incomode, porque quantos mais panascas, menos concorrência tenho no mulherio. Mas francamente...e esta é a estória de um tal Vladimir Luxuria (o nome diz tudo) que cortou o "apêndice" e que queria ser "madrinha" de casamento de uma prima?

Un sacerdote católico prohibió a una legisladora transexual de Italia ser la madrina en la boda de un familiar, lo que generó protestas del partido al que el diputado pertenece.

Em conclusão, o padre que recusou a "madrinha" de casamento passou a ser "fascista".

Aquecimento global

Está um frio de rachar.

Definição

O retrossexual é um consumidor masculino que escolhe roupas e acessórios que resistiram ao teste do tempo, e normalmente acha que passar a ferro é tempo perdido em detrimento da leitura de um bom livro. Normalmente, é afoito ao uso do calão e do jargão.

(Via Urban Dictionary)


Este blogue surge porque me disseram um dia destes que eu era um "retrossexual" (macho que não investe em cremes de dia, não usa verniz nas unhas, não arranja as sobrancelhas, não compra compulsivamente roupas da moda, não usa gel no cabelo, dispensa os "piercings" e os brinquinhos, etc.). Fiquei a matutar no assunto; divertido, pensei que antes ser "retrossexual" que "rectossexual"; fiquei feliz com a ideia, porque o "rectossexual" é um "metrossexual" homossexual; o "metrossexual" heterossexual é um "centímetrossexual"; sem contar com o "giletessexual", que é um "metrossexual" bissexual.

Conheço um tipo que diz ser "tecnossexual" (que é no fundo, um "centímetrossexual" avant-garde, tipo que não precisa de ir ao futebol porque recebe os resultados por SMS, etc.) e tem uma namorada "metrossexual": ela faz culturismo, joga futebol feminino e masculino, fala de futebol como ninguém, bate-te nas costas quando te encontra com um afável "Tás bom, pá?", usa botas à “cow boy” de ponta fina (estou sempre a ver quando alguém leva uma biqueirada) e bebe whisky puro; sabe quem vai à frente no ranking do boxe português, tem o cabelo cortado mais curto que o namorado "centímetrossexual", dá murros na mesa quando desata a rir, e acha que os Toranja "cantam bem p' ra caralh*", principalmente aquela canção da “Nua”!" No sexo, segundo o seu namorado "centímetrossexual", ela odeia preliminares: urra como um gorila e diz coisas que eu tenho vergonha sequer de pensar! Enfim, um sonho de miúda!

Um dia destes, vou fazer um estágio para ser "metrossexual"; só ainda não decidi, quando for grande, se quero ser ou "centímetrossexual", ou "giletessexual" ou "rectossexual"; no meu estado actual, não consigo descobrir nenhuma diferença...